Centro de Cibersegurança atrasado devido a disputas entre ministérios
Qui Out 04, 2012 12:19 pm
O diretor-geral da ANS responsabiliza os responsáveis dos ministérios da Defesa, Administração Interna, Ministério das Obras Públicas, Transportes e Comunicações, Finanças, e Justiça por não ter ainda sido constituído o CNC. «São as disputas entre ministérios que estão a atrasar a constituição do novo CNC», explicou Torres Sobralà margem da sessão de encerramento do 2º Infosec Day, um evento realizado em associação com o Eurpean Cyber Security Month, que se realizou em Lisboa.
Torres Sobral, que liderou a comissão instaladora do novo CNC, acrescentou ainda que o processo depende agora da vontade política do Primeiro-Ministro: «Compreendo a posição do Governo; noutros países também há disputas entre ministérios em casos similares».
Face ao alegado cenário de disputas entre ministérios, Torres Sobral deu a conhecer uma possível solução para a constituição da unidade que deverá monitorizar e analisar as ameaças que provêm da Internet: «Para mim, o funcionamento do CNC deve depender exclusivamente do primeiro-ministro e deve ser um organismo de Estado».
Durante a sua palestra, o responsável da ANS reiterou por mais de uma vez que não pretende liderar o CNC, lembrando mesmo que desempenha as suas funções em regime de pro bono e sem remuneração..
As disputas entre ministérios não terão sido o único entrave à constituição do novo Centro. Recentemente, o Grupo de Projecto para as Tecnologias de Informação e Comunicação (GPTIC) deu um parecer negativo quanto ao raio de ação do CNC. No parecer, que não é vinculativo, os peritos do GPTIC consideram que o novo Centro não deve ter uma vertente operacional e as respetivas ações devem ficar circunscritas ao nível da formação e da monitorização de ameaças. Torres Sobral discorda do parecer: «Se este centro não for operacional, para que serve então?».
De acordo com as diretivas europeias e os protocolos firmados no âmbito da NATO, o Governo Português assume a responsabilidade de criar um CNC até ao final de 2012.
Reiterando mais de uma vez que não pretende liderar o CNC e que não é remunerado pelas funções que desempenha,Torres Sobral acredita que a nova unidade poderá funcionar a partir de instalações já existentes, com as devidas adaptações. De acordo com o projeto apresentado pela Comissão Instaladora, a constituição do CNC deverá exigir um investimento de dois milhões de euros na compra de equipamentos, que são acrescidos de dois milhões de euros anuais para custos de pessoal e respetivas operações. O projeto prevê ainda que, numa fase inicial, o CNC conte com 15 operacionais, podendo chegar a 30 especialistas em operações de cibersegurança passados dois anos de atividade. «Só passado um ou dois anos o CNC poderá estar a funcionar em pleno. O que não significa que não se possa fazer algumas coisas passados um ou dois meses de ser instalado», conclui responsável da ANS.
Fernando Freire, perito de cibersegurança do Instituto Nacional de Defesa (IND), aproveitou a participação no Infosec Day para questionar o facto de a Comissão Instaladora do CNC não ter convidado a participação dos Serviços de Informação da República Portuguesa (SIRP), mas dá razão a Torres Sobral no que toca ao raio de ação da futura entidade: «Não faz sentido ter um centro de cibersegurança que não é operacional».
Maria José Morgado, diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP) que também marcou presença no evento, é da mesma opinião: «é crucial a criação de um Centro Nacional de Cibersegurança».
Fonte: Exame informática
Torres Sobral, que liderou a comissão instaladora do novo CNC, acrescentou ainda que o processo depende agora da vontade política do Primeiro-Ministro: «Compreendo a posição do Governo; noutros países também há disputas entre ministérios em casos similares».
Face ao alegado cenário de disputas entre ministérios, Torres Sobral deu a conhecer uma possível solução para a constituição da unidade que deverá monitorizar e analisar as ameaças que provêm da Internet: «Para mim, o funcionamento do CNC deve depender exclusivamente do primeiro-ministro e deve ser um organismo de Estado».
Durante a sua palestra, o responsável da ANS reiterou por mais de uma vez que não pretende liderar o CNC, lembrando mesmo que desempenha as suas funções em regime de pro bono e sem remuneração..
As disputas entre ministérios não terão sido o único entrave à constituição do novo Centro. Recentemente, o Grupo de Projecto para as Tecnologias de Informação e Comunicação (GPTIC) deu um parecer negativo quanto ao raio de ação do CNC. No parecer, que não é vinculativo, os peritos do GPTIC consideram que o novo Centro não deve ter uma vertente operacional e as respetivas ações devem ficar circunscritas ao nível da formação e da monitorização de ameaças. Torres Sobral discorda do parecer: «Se este centro não for operacional, para que serve então?».
De acordo com as diretivas europeias e os protocolos firmados no âmbito da NATO, o Governo Português assume a responsabilidade de criar um CNC até ao final de 2012.
Reiterando mais de uma vez que não pretende liderar o CNC e que não é remunerado pelas funções que desempenha,Torres Sobral acredita que a nova unidade poderá funcionar a partir de instalações já existentes, com as devidas adaptações. De acordo com o projeto apresentado pela Comissão Instaladora, a constituição do CNC deverá exigir um investimento de dois milhões de euros na compra de equipamentos, que são acrescidos de dois milhões de euros anuais para custos de pessoal e respetivas operações. O projeto prevê ainda que, numa fase inicial, o CNC conte com 15 operacionais, podendo chegar a 30 especialistas em operações de cibersegurança passados dois anos de atividade. «Só passado um ou dois anos o CNC poderá estar a funcionar em pleno. O que não significa que não se possa fazer algumas coisas passados um ou dois meses de ser instalado», conclui responsável da ANS.
Fernando Freire, perito de cibersegurança do Instituto Nacional de Defesa (IND), aproveitou a participação no Infosec Day para questionar o facto de a Comissão Instaladora do CNC não ter convidado a participação dos Serviços de Informação da República Portuguesa (SIRP), mas dá razão a Torres Sobral no que toca ao raio de ação da futura entidade: «Não faz sentido ter um centro de cibersegurança que não é operacional».
Maria José Morgado, diretora do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa (DIAP) que também marcou presença no evento, é da mesma opinião: «é crucial a criação de um Centro Nacional de Cibersegurança».
Fonte: Exame informática
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