Kaspersky: a história repete-se
Sex Set 28, 2012 9:50 am
Num simpósio sobre segurança em Munique, na Alemanha, a Kaspersky deu o mote: o malware para plataformas móveis está em crescimento acelerado. Segundo a empresa de segurança, entre 2004 e 2010, não havia mais do que 1160 vírus para plataformas móveis. Esse número cresceu para 6193 em 2011, dos quais 2137 apareceram só no mês de dezembro.
O ano de 2011 foi, sem dúvida, o do malware para smartphones, e a tendência é para crescer. Apesar de o ano de 2012 ainda não ter terminado, até agora já foram descobertas 29807 amostras de malware para plataformas móveis.
O malware assume as mais variadas formas, desde antivírus falsos que apresentam logos de empresas reconhecidas no mercado (como é o caso da Kaspersky), passado por programas que aparentam ser jogos conhecidos, até aplicações que prometem fotos e vídeos sexy mas que, na realidade, estão a enviar SMS para números de valor acrescentado sem que o utilizador saiba.
No campo dos computadores tradicionais, os números da Kaspersky parecem confirmar aquilo que o senso comum nos diz: a maioria do malware ainda é feita para a plataforma Windows. Nas plataformas baseadas em Unix, o Linux é o sistema operativo mais visado, com 2904 samples de malware detetadas. O Mac ainda fica muito atrás, com apenas 473 samples.
Marcos Preuss chama a atenção para a chamada “web invisível”, que entre muitos outros objetivos quer “saber” tanto quanto possível sobre os hábitos dos cibernautas. Além da enorme quantidade de informação que partilhamos conscientemente, Preuss indica que partilhamos muita mais inadvertidamente, só pelo facto de navegarmos na Web: as pesquisas que fazemos, a que horas estamos online, se utilizamos um site de encontros; todos estes pedaços de informação juntam-se para alimentar perfis online usados por agências publicitárias.
Por fim, foi abordado o tema da “ciberguerra” e dos vários ataques que têm ocorrido no último par de anos a infraestruturas um pouco por todo o mundo: Stuxnet, Duqu, Flame e Gauss são apenas alguns exemplos dos modernos e complexos programas de malware, capazes de desativar, por exemplo, uma central elétrica. A Kaspersky acredita que além destes existirão muitos mais, ainda desconhecidos.
Fonte: Exame informática
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