Anonymous: Não há colmeia sem rainha; não há movimento sem líder
Seg Fev 13, 2012 5:52 pm
Lançado no ano passado, o livro "Unmasked" (desmascarado) faz um levantamento detalhado daquele que é visto como o ápice de "lulz" nas operações do Anonymous: o grande ataque à empresa de segurança americana HBGary Federal.
Não foi por qualquer motivo político ou social, diz o livro, escrito por jornalistas do site Ars Technica. Um executivo do HBGary, Aaron Barr, havia dito ao "Financial Times" ter levantado os nomes verdadeiros dos três líderes do Anonymous, o fundador "Q", "Owen" e "CommanderX", e que iria anunciá-los dias depois, numa conferência em San Francisco.
Foi o que bastou para que cinco "anons", membros do grupo, entre eles Sabu (leia texto ao lado), abrissem fogo contra o HBGary. E não foi mais um simples ataque para tirar do ar o site da empresa, considerado legítimo para ações políticas e que é a arma usada comumente pelo Anonymous. O grupo rompeu as defesas do site e furtou, entre outras informações, mais de 60 mil e-mails.
Em dois dias, o HBGary entregou os pontos. Seus proprietários, mais Barr, entraram em contato com o grupo via chat, buscando saídas para que a empresa continuasse de pé. Uma das exigências foi a demissão de Barr, o que acabou acontecendo. No diálogo, "CommanderX" chegou a ameaçar Barr diretamente, avisando ter levantado onde ele morava.
DOGMA DE MARKETING
A ironia da história, sublinha "Unmasked", é que "o Anonymous exige transparência, mas não oferece nenhuma". E, até mais do que revelar os nomes -que o livro evita confirmar-, a heresia do HBGary foi questionar um dogma de marketing do Anonymous: de que é "legião", sem líderes, sem controle, só uma máscara.
A narrativa sobre o grupo é conhecida, desde o surgimento com "pranks" (brincadeiras) e avançando com crescente engajamento político até o apoio direto aos movimentos Primavera Árabe e Occupy Wall Street, em 2011.
Na história oficial, o que não encaixa é a idealização anônima, de colmeia, como se definem, sem rainha.
Não foi por qualquer motivo político ou social, diz o livro, escrito por jornalistas do site Ars Technica. Um executivo do HBGary, Aaron Barr, havia dito ao "Financial Times" ter levantado os nomes verdadeiros dos três líderes do Anonymous, o fundador "Q", "Owen" e "CommanderX", e que iria anunciá-los dias depois, numa conferência em San Francisco.
Foi o que bastou para que cinco "anons", membros do grupo, entre eles Sabu (leia texto ao lado), abrissem fogo contra o HBGary. E não foi mais um simples ataque para tirar do ar o site da empresa, considerado legítimo para ações políticas e que é a arma usada comumente pelo Anonymous. O grupo rompeu as defesas do site e furtou, entre outras informações, mais de 60 mil e-mails.
Em dois dias, o HBGary entregou os pontos. Seus proprietários, mais Barr, entraram em contato com o grupo via chat, buscando saídas para que a empresa continuasse de pé. Uma das exigências foi a demissão de Barr, o que acabou acontecendo. No diálogo, "CommanderX" chegou a ameaçar Barr diretamente, avisando ter levantado onde ele morava.
DOGMA DE MARKETING
A ironia da história, sublinha "Unmasked", é que "o Anonymous exige transparência, mas não oferece nenhuma". E, até mais do que revelar os nomes -que o livro evita confirmar-, a heresia do HBGary foi questionar um dogma de marketing do Anonymous: de que é "legião", sem líderes, sem controle, só uma máscara.
A narrativa sobre o grupo é conhecida, desde o surgimento com "pranks" (brincadeiras) e avançando com crescente engajamento político até o apoio direto aos movimentos Primavera Árabe e Occupy Wall Street, em 2011.
Na história oficial, o que não encaixa é a idealização anônima, de colmeia, como se definem, sem rainha.
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